A história da criação do Facebook é recheada de controvérsias e intrigas, incluindo acusações de traição e roubo de ideias. Porém, enquanto os gêmeos Winklevoss e Eduardo Saverin já desistiram do site e estão investindo em outros projetos, ainda há quem lute para ter reconhecidos seus direitos sobre a rede social.
Aaron Greenspan, ex-colega de Mark Zuckerberg na Universidade de Harvard, está travando uma batalha legal contra o CEO do serviço. Segundo ele, muitas das ideias usadas durante a criação da página tiveram origem em um site conhecido como houseSYSTEM, que possuía uma função conhecida como “Universal Face Book”.
Batalha pelo nome Facebook
Na última quarta-feira (19), Greenspan tornou pública uma série de mensagens trocadas entre ele e Zuckerberg durante os primeiros dias do Facebook. Embora elas forneçam poucas novidades sobre o processo de criação do site, servem para mostrar um pouco de como funciona o processo criativo do CEO do serviço.
(Fonte da imagem: Reprodução/ThinkPress)
Em uma das mensagens, datada de janeiro de 2005, Zuckerberg descreve sua iniciativa, conhecida na época como “Thefacebook”. Desde o momento inicial, ele via grande potencial no projeto que, em suas palavras, tinha a possibilidade de “virar a nova MTV” — representantes da rede social se recusaram a fazer qualquer pronunciamento sobre a veracidade do conteúdo publicado.
Em 2008, Greenspan entrou com um pedido no Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos para cancelar o direito da rede social de usar o nome “Facebook”. Na época, ele concordou em resolver a disputa através de um acordo cujos termos não foram divulgados publicamente.
Ressentimento
No entanto, o ex-colega de Zuckerberg continua disposto a obter mais lucros com o site e, aparentemente, nutre bastante mágoa de seu fundador. Segundo ele, os dois moraram durante três anos a menos de uma quadra de distância um do outro, porém o CEO da rede social nunca passou em sua casa para pedir desculpas.“Isso sem mencionar as diversas vezes em que cruzamos nossos caminhos, seja quando ele passava em frente à minha casa, eu estava caminhando em direção à dele ou comendo comida mexicana no Palo Alto Sol. Eu recebi um sorriso e um aceno, mas nunca obtive um pedido de desculpas. Não havia qualquer sinal de remorso”, disse Greenspan em uma mensagem.
Fonte: The Wall Street Journal, Aaron Greenspan