A Google apresentou hoje em Portugal – Dia da Internet Segura – o seu Centro de Segurança Familiar,
um Website cujo objectivo central é disponibilizar informação e ajudar
os pais portugueses sobre como podem proteger e educar os jovens na
utilização da Internet.
Neste projecto, a Google trabalhou com
seis associações portuguesas – APSIS – Associação Plataforma Segura, EU
Kids Online Portugal, Instituto de Apoio à Criança, Miúdos Seguros na
Net e a Unicef Portugal – para trazerem a sua experiência e reforçarem a
consciencialização da importância de uma Internet segura.
A partir do Centro de Segurança Familiar da Google, a empresa e as organizações envolvidas disponibilizam recursos e conselhos sobre os mais diversos temas como cyberbullyng, protecção dos menores, educação on-line para pais e jovens, entre outros temas.
A partir do Centro de Segurança Familiar da Google, a empresa e as organizações envolvidas disponibilizam recursos e conselhos sobre os mais diversos temas como cyberbullyng, protecção dos menores, educação on-line para pais e jovens, entre outros temas.
Os jovens portugueses e a Internet
Ao
longo dos últimos anos, a Internet e as tecnologias de informação têm
vindo a afirmar-se nos lares portugueses. Dados do Instituto Nacional de
Estatística (INE) de 2010 revelam que mais de metade dos agregados
familiares portugueses dispunha de um computador (59,3%) e o acesso à
Internet era possível em 53,7% (+5% do que em 2009) dos casos, dos quais
50% através de banda larga.
Por outro lado, a utilização da
Internet pelos jovens portugueses entre os 10 e os 15 tem igualmente
crescido rapidamente e é hoje elevada. 91% utilizam a Internet e 84% dos
acessos são realizados a partir de casa (o dobro do registado em 2005).
A frequência dos acessos é maioritariamente diária com 67% a referirem
utilizar a Internet todos os dias ou quase todos os dias, quase o triplo
do que era verificado em 2005.
Se o acesso à Internet entre os
jovens portugueses está massificado, em casa ele feito maioritariamente
no quarto (67%) face a outros locais da casa (26%) e este é
simultaneamente o local onde os pais portugueses menos acedem à Internet
(30%) o que potencialmente acentua alguns riscos e um menor controlo
parental. O Estudo Europeu Eu Kids Online realizado em 2010 coloca as
crianças e jovens portugueses entre os 9 e os 16, entre os europeus que
mais acedem à Internet a partir do seu quarto.
Utilização da Internet pelos Jovens
As
crianças e os jovens utilizam actualmente de forma alargada a Internet
para uma série de actividades do dia a dia, quer para trabalhos
escolares, contacto com amigos ou entretenimento.
Entre as
principais actividades dos jovens portugueses entre os 10 e os 15 anos
que utilizam a Internet salientam-se: a pesquisa de informação para
trabalhos escolares (97%), mensagens em chats, blogues, redes sociais
(86%), correio electrónico (86%), jogos (79%), consulta de websites de
interesse pessoal (63%), colocação de conteúdo pessoal num website para
partilha (55%), pesquisa de informação sobre saúde (47%).
Com a
generalização da utilização da Internet e do acesso às novas tecnologias
cada vez mais cedo entre as crianças e os jovens leva igualmente a uma
multiplicação dos riscos a que a são expostos: conteúdos violentos,
cyberbullyng, conteúdos pornográficos, racismo, abuso de dados, contacto
com estranhos na Internet, entre outros riscos. Atendendo ao nível de
utilização de Internet pelas crianças e jovens portugueses, Portugal
está associado a uma incidência de risco intermédia figurando ao lado de
países como a Irlanda, Espanha e a da Turquia.
Exposição a pornografia e a outras mensagens
Particularmente
revelador é o facto de 39% referirem que esta exposição decorre de pop
ups acidentais o que sugere menores competências e algumas dificuldades
em controlar este tipo de situações.
A cultura do quarto
verificada em Portugal pelas elevadas taxas de utilização de Internet
nesta divisão da casa possa acentuar alguns riscos com 74% dos jovens
que responderam ter visto imagens de cariz sexual e 95% dos jovens que
já enviaram este tipo de mensagens a terem a possibilidade de utilizar o
computador no seu quarto.
Literacia Digital e papel dos país
O
estudo europeu EU Kids Online que inclui entrevistas a crianças e
jovens portugueses procurou aferir ainda a literacia digital e as
competências de segurança como saber marcar um site nos favoritos,
encontrar informação de segurança, mudar definições de segurança, apagar
histórico pessoal, entre outras.
No inquérito europeu a média
de auto-reconhecimento das 8 competências ficou-se em 4,2 com as mais
respondidos a serem: saber marcar um site nos favoritos e encontrar
informação em segurança. Entre as crianças e jovens portugueses dos 11
aos 16 que responderam regista-se que as competências declaradas estão
acima da média havendo diferenças em função das faixas etárias.
Entre
os mais novos (11 aos 13), metade ou mais declara dominar competências
como o registo nos Favoritos, bloquear mensagens indesejadas, apagar
registos e mudar definições de privacidade. Porém, só quatro em cada dez
revela encontrar informação sobre como usar a Internet de forma segura,
bloquear publicidade indesejada ou lixo electrónico ou comparar sites
diferentes para verificar se a informação é verdadeira e apenas 3 em
cada 10 sabe alterar os filtros da Internet.
Na faixa etária
acima, os adolescentes revelam maioritariamente competências em todos os
parâmetros, obtendo os valores mais baixos na comparação de sites
diferentes para verificar se a informação é verdadeira e alteração dos
filtros da Internet.
Quanto à capacidade dos pais poderem
informar e ajudar os filhos numa utilização segura da Internet e das
novas tecnologias, predomina a consideração entre os jovens entre os 9 e
os 16 anos que referem saber mais sobre a Internet do que os seus pais,
mesmo entre os mais novos. Apesar de ser possível filtrar ou bloquear o
acesso das crianças a websites através de ferramentas de controlo
parental, apenas 29% dos pais portugueses (média europeia situa-se nos
33%) referem utilizar este tipo de ferramentas.
A escola e os
professores são apontados como uma das principais fontes de informação a
que as crianças e os jovens portugueses afirmam recorrer habitualmente.
Centro de Segurança Familiar da Google
Esta
realidade torna necessária a colaboração de empresas como a Google e de
outras entidades que zelam pela protecção dos menores em iniciativas
como o Centro de segurança Familiar.
No Google é disponibiliza
informação de forma centralizada sobre as ferramentas de segurança para
os seus diferentes produtos e serviços, conselhos de associações
especializadas na protecção de menores que colaboram neste projecto de
segurança na Internet para país e menores e ainda conselhos dos pais e
mães que trabalham na Google para os outros pais sobre como proteger os
seus filhos na Internet.
O Centro de Segurança Familiar inclui
ainda uma secção com respostas às perguntas mais frequentes sobre a
segurança e a privacidade nos seus diferentes produtos e serviços.